Amigos, aqui vai meu tributo em soneto ao Britto, como venho fazendo a todos que me impressionam pela arte sem freios politicamente correctos nem concessões à censura esthetica dictada pelo bom gosto vigente.
Cumprimentos e felicitações do GLAUCO.
Bonde Fogoso (ao Zéu Britto)
Si, quando me queimei, ardeu-me o dedo,
ja posso imaginar o que tu vaes
sentir si eu te puzer fogo! Que mais
deleita um bruxo sadico sem medo?
Te amarro e liberdade não concedo,
ainda que me implores! Infernaes
e ardentes labaredas, que jamais
sentiras, sentirás! E ainda é cedo!
Primeiro, deleitar-me aos poucos busco
e, emquanto a pelle allivio ja reclama,
em ponctos isolados te chammusco!
Depois que me chupares (e quem mamma
não chora), accenderei, num gesto brusco,
o isqueiro! Sobe, chamma! Sobe, chamma!
Glauco Mattoso
Glauco Mattoso é poeta, ficcionista, ensaísta e articulista em diversas mídias.
Pseudônimo de Pedro José Ferreira da Silva (paulistano de 1951),
o nome artístico trocadilha com "glaucomatoso" (portador de glaucoma, doença congênita que lhe acarretou perda progressiva da visão, até a cegueira total em 1995), além de aludir a Gregório de Matos, de quem é
herdeiro na sátira política e na crítica de costumes.http://glaucomattoso.sites.uol.com.br/
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